Cor, Alegria e Amor

Que a sua vida tenha cor, alegria e amor.

Entre, "sinta-se" e descubra quanta cor há em você!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Um dias após o outro...

Sem receitas ou fórmulas mágicas. A vida já é um milagre.
Os dias não descerão da roda gigante. O mar, sempre será farto de ondas indo e vindo. E as águas dos rios, continuarão a correr, lavando as pedras, carregando e fazendo histórias.
Um dia, ontem, hoje, amanhã, depois e depois. Farão parte a alegria, a agonia e se a gente permitir, o amor. Este é transformador.
Terão os dias de sol, de luz e de flores. As estações nos trazem sempre, cada qual ao seu tempo, suas belezas e suas tragédias. Nenhuma virá carregando as soluções do mundo. Mas a chuva, assim como o sol, também se faz necessária.
Passaremos por dias francos e dias fracos. Dias em vão, dias a mais e dias tão sãos. Vamos residir na loucura um do outro e acordar na sincera  pressa de viver e de sonhar.
Nada é fácil e, um dia, aprenderemos agradecer por isso. Nenhuma borboleta saberia voar se não tivesse vivido a tamanha dificuldade de se libertar do casulo.
Seremos sol, lua, flores, vento, tempo. Seremos. E seremos sem prévias.
A vida acontece vivendo. A gente acontece sendo... E acontece que, só acontece quando a gente acredita que sim.
A vida gosta da gente quando a gente gosta dela. E o chão, o mesmo que a gente cai, pode tornar-se um trampolim quando provarmos a ele que os tombos não são o nosso fim. São nossos estágios para aprender a lidar com as feridas enquanto a gente esquece cicatrizes.
Brilhe os olhos. Brinde o mundo com um sorriso. Se perdoe. Seja leve. Feche os olhos e ouça a canção que te traz paz. Somos donos da nossa história. E as dificuldades existem até nos contos de fadas.


domingo, 25 de agosto de 2013

Tantos outros "nós"

Parece um caso sem solução. Não há tempo ou espaço que, de fato, desfaça estes "nós".
Atropelamos as nossas palavras. Nas entrelinhas dos nossos olhos, falamos tudo e não assumimos nada.
Fugimos do futuro. E vamos nos entrelaçando neste presente que nos cria uma louca necessidade dos nossos abraços.
Guardamos o gosto do beijo e repetimos para não esquecer detalhes. Tudo entre nós tem gosto de sempre e de mais. Nos entregamos e nos devolvemos. Mas ao instante seguinte, um colo vazio a espera do teu sono e da tua paz.
Somos imunes ao tempo no vento que nos leva sós.
Mas, nos damos por conta da covardia que, tão logo, se transforma nos abraços intensos e sufocam nossos medos. Omitimos, sem voz, confidenciando nos sussurros entre um beijo e outro, o ansioso querer de ter um ao outro, lado a lado.
Não sei... Sei lá... Sei não... E estas frases vão calando nossa coragem de dizer que sim ou que não.
E cansados, omissos, sem sono... vamos aguardando que tudo se torne lembrança. E que não reste dor. Já que não tivemos a coragem de assumir este amor.
E entre nós... tantos outros nós.

Débora Andrade


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sigo

Não me oponho à fata de riso e nem à falta de gosto. Compreendo as lutas e assisto de longe à distância criada pela falta de argumentos.
Ah, a falta. Como tem sido fardo presente no dia a dia, adentrando as noites no pulsar frequente de uma saudade sem explicação. Tão perto, tão longe. Emudeço na falta da tua voz.
Não me oponho à estranheza, nem à falta de delicadeza. Aturo os sonhos desfeitos, a covardia dos beijos e entendo o excesso de perdão. Trilho em fartas pegadas que criam uma história sem fim.
Eu persigo o riso, eu crio céus, reinvento estrelas e coloro luas. E isso eu sempre soube fazer só. Voar... isso eu ainda gostaria de fazer a dois.

Palavras pesadas nesta leveza que finge a serenidade que engoli às pressas. Sigo. Sem vírgulas e ofegante. Nunca foi fácil respirar com pressa. 

Débora Andrade 


domingo, 18 de agosto de 2013

Um Trato




Eu deixei as águas passarem e fiz trato com elas: elas deveriam arrastar tuas lembranças de mim. Lavar da minha alma o teu cheiro e tirar da minha boca este gosto de amor, sem pecado. 
Eu engasgo no teu silêncio e me amparo nas poucas palavras que me causam tamanha esperança... assim me perco. Me deixo à tua disposição e me retalho em desculpas. E nenhuma delas é mais honesta do que a que  assumo: - Tua presença colore meu dia. Tua mão acaricia minha alma. E teus olhos fechados desenham meus sonhos.
Transformei minhas letras para que coubessem justas nos seus ouvidos. Minhas rimas têm pressa. Meus dias, meio perdidos, levam distante as promessas que me faço. Eu ainda me encorajo para deixar de vez tanta esperança que investe certeira nas janelas, entre as frestas do meu peito. 
Eu me prometo a tua falta dia a dia, e engulo insosso até me esvair em prantos. Do sal, apenas a lágrima da saudade. Porque ninguém deve resumir os dias em uma única hora de cor. Por mais que a cor convença minhas horas que você é meu arco-íris. 
Me lembro de esquecer e me esqueço de não lembrar. Porque já não é mais uma questão de lembranças. Está. Permanece. Aguarda o instante breve da desmemória. Desfalece na espera de te colocar bem ao lado dos meus passos. Porque dentro de mim, já não tem nem mais espaço que caiba tanto "teu".

Débora Andrade


domingo, 11 de agosto de 2013

Beijo Confesso

Travamos uma batalha silenciosa para disfarçar o que os olhos nunca esconderam. 
Escolhemos os sons dos abraços, dos sussurros, dos suspiros e o gosto dos beijos para esquecermos das promessas e confissões da voz.
E o que nunca foi segredo no olhar, pausava na língua, mudo. 
Nosso corpos entregues, nos entregam ao constrangimento de nos revelar um ao outro. Uma nudez entre as almas que se tocam e se sentem. 
Tudo que não falamos em sons, prospera este óbvio e singular laço entre nós. Em "nós".
No calor da tua boca, na ansiedade das tuas mãos, na proteção do teu abraço, no som do teu silêncio, teu beijo me confessa... E eu me entrego sem pedir perdão. 
Os olhos nunca guardaram o segredo mas, alimentava a dúvida. Teu beijo? - Teu beijo, não. 

Débora Andrade



sábado, 3 de agosto de 2013

Versos Soltos

"Tranco a porta e abro a janela do quarto. Ainda é inverno, mas eu faço primavera. 
Ouvindo Pixinguinha, "choro" e dou flores às estações. 
Passo as chaves. Me tranco. Me calo. Afasto-me das gérberas amarelas. Hei de ter um quintal só de girassóis. 
Por aqui, aguardando o verão. O Sol... sempre disse que ele nunca dorme. "

Débora Andrade

" De longe, depois da curva da saudade, reencontro-me despida dos versos que vestiram nossa história. Esta coisa de sentir tanto, de querer tanto, de desejo sem limite e sem fim, de nada adianta sem a ação que consuma e consome. Amor é mesmo isso de seguir adiante, pontuando os passos com beijos entre almas enquanto a boca guarda palavras. Palavras... nadam em meus olhos e nada mudam a condição. De longe, bem de longe, sentimos a nossa falta. Nossa."

Débora Andrade


"...porque alguém, algum dia, reconhecerá que eu sou capaz de viver um grande amor muito além das minhas poesias... e vai querer ficar..."
Débora Andrade